terça-feira, 25 de janeiro de 2011


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“Imóvel Biana sente o toque das mãos do pianista e reza para que ele não sinta seu corpo estremecer. Nunca havia experimentado tamanha sensação. Jamais alguém a tocara de forma tão especial, delicada. Por isso fecha os olhos  fica percorrendo com a mente o caminho que as mãos suaves de Dago faze em seu rosto. A respiração ofegante aumenta quando ele lhe beija os lábios. Molhadas, as bocas se entregan num encontro ardente. Um beijo prolongado une seus corpos. Com as mãos envolvendo a cabeça da moça, o pianista sente o coração de Biana bater forte junto ao seu corpo. Quer senti-lo entre as mãos que, em concha, vão de encontro aos seios rijos da moça. Sem forças, ela deixa-se dominar pelo prazer que o rapaz lhe proporciona. Nem que quisesse conseguiria resistir a tamanha excitação. Limita-se a olhá-lo, lânguida, o corpo entregue ao homem diante de si. Aos poucos, Dago vai lhe abrindo o vestido, enquanto beija o pescoço e o colo. Deita-a no chão, diante da tela, enquanto as ,mãos acariciam sua pele cada vez mais quente. O lábios do pianista brincam com o corpo de Biana, que estremece a cada toque seu. Suga-lhe a pele tão delicadamente que as faces da moça parecem se esvair.

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“Com a boca, o rapaz vai percorrendo o corpo da moça, sentindo a pele macia entre os lábios. Toca-lhe a penugem abaixo do umbigo, e com as mãos segura suas coxas rígidas. Completamente entregue, Biana oferece inteira para ele. O cheiro do seu sexo toma conta do ambiente, revelando um prazer indisfarçável. Nua, deixa à mostra um triângulo de vastos pêlos, que é explorado primeiro com a boca, como se o homem tateasse no escuro à procura da fonte da fonte de prazer; e depois com a mão, sentindo-lhe a umidade quente. Brinca com os dedos entre os pêlos, cadenciando os movimentos no sexo umedecido, como se tocasse suavemente as teclas do seu piano, numa melodia estonteante.

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“A intensidade com que se amam delata o prazer de ambos. Os corpos colados deslizam num vai-e-vem instintivo e ritmado, acompanhado pelos gemidos quase abafados. Num sussurro, Dago anuncai o gozo, procurando a boca da companheira para um demorado beijo. Com as pernas, Biana o prende dentro de si, como se quisesse prolongar o prazer.”

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SANTOS, Carlos Nealdo dos. O pianista do silencioso. Maceió: Edufal, 2007. (Cap. A Lei do Desejo - p. 79)

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