quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Stuck on the Puzzle - Alex Turner*


Preso no Enigma


Eu não sou o tipo de tolo
Que vai sentar e cantar para você,
Sobre estrelas, garota.
Mas a noite passada eu olhei para
O lado escuro do céu,
E elas já tinham ido embora.


Algo em seu magnetismo
Deve as ter irritado,
Forçando elas à dormirem cedo.


Eu estava procurando
Da base até o topo,
Por tal visão
Como a que eu peguei quando eu vi os seus...


Dedos esmaecido nas luzes
Como se você está acostumada a ouvir que está com problemas
E eu passei a noite toda
Preso no enigma


Ninguém que eu perguntei
Sabia como ele veio a ser o único
Para quem você entregou


Qualquer homem que não foi levado
Para o outro quarto
Continuou fingindo


Mas alguma coisa em seu magnetismo
Não o fez soltar
Quem quer que seja a mão que ele estava segurando.


Eu estava procurando
Da base até o topo,
Por tal visão
Como a que eu peguei quando eu vi os seus...


Dedos esmaecido nas luzes
Como se você está acostumada a ouvir que está com problemas
E eu passei a noite toda
Preso no enigma.


Eu tentei nadar para o lado,
Mas meus pés foram pegos no meio,
E eu pensei que tinha visto a luz,
Mas, oh, não.
Eu só estava preso no enigma.
Preso no enigma.


Fonte: http://letras.terra.com.br/alex-turner/1848171/traducao.html


*Trilha Sonora do filme Submarine (2011)



Ruas Desertas - Sérgio Caparelli


Cetas horas da noite
As ruas desertas correm no asfalto
E dobram-se nas esquinas
Mortas da rua.


Curvam-se nas curvas
E brincam de esconde-esconde
Com a lua.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

“Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir, para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.”

(São Bernardo: Graciliano Ramos)

domingo, 30 de outubro de 2011

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“Eu comecei a ficar obcecado por tartarugas. Quando decidi comprar cinco ou seis tartarugas coloquei-as numa banheira no meio da sala. Elas são muito dóceis. Não se movem, não mostram qualquer emoção. São quase … inanimadas. São a ideia mais idiota para um bicho de estimação. São o oposto dos cães. Não suporto cachorros. Eles são muito pidões e você pode fazer de tudo com eles. Eu gosto de gatos e animais que precisam de atenção. Você tem que tomar conta deles e eles tem aquela atitude de “Foda-se. Eu estou preso aqui, sou miserável, te odeio e não vou fazer nenhuma gracinha pra você ”. Esses cascos não são muito uteis, são muito sensíveis, e se você toca neles acaba machucando-as. Eles não protegem muito como você pensa. Se eles caírem para trás o casco se quebra e elas morrem.”

Documentário: Kurt Cobain – Retrato de uma Ausência

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Paradise - Coldplay

(Paraíso)


Quando ela era apenas uma garota
Ela tinha expectativas com o mundo
Mas isso voou além de seu alcance
Então ela fugiu em seu sono

E sonhou com o para-para-paraíso
Para-para-paraíso
Para-para-paraíso
Toda vez que ela fechava os olhos

Ooohh

Quando ela era apenas uma garota
Ela tinha expectativas com o mundo
Mas isso voou além de seu alcance
E balas foram pegas com seus dentes

A vida continua
Fica tão pesada
A roda corrompe a borboleta
Cada lágrima, uma cachoeira
Na noite, na noite da tempestade
Ela fechou os olhos
Na noite
Na noite da tempestade
Ela voou para longe

E sonhou com o para-para-paraíso
Para-para-paraíso
Para-para-paraíso
Whoa-oh-oh oh-oooh oh-oh-oh

Ela sonhou com o para-para-paraíso
Para-para-paraíso
Para-para-paraíso
Whoa-oh-oh oh-oooh oh-oh-oh

La-la-la-la-la

Ainda deitada debaixo do céu tempestuoso
Ela disse oh-oh-oh-oh-oh-oh
Eu sei que o sol está pronto para nascer

Isso poderia ser o para-para-paraíso
Para-para-paraíso
Isso poderia ser o para-para-paraíso
Whoa-oh-oh oh-oooh oh-oh-oh

Isso poderia ser o para-para-paraíso
Para-para-paraíso
Isso poderia ser o para-para-paraíso
Whoa-oh-oh oh-oooh oh-oh-oh

Ooohh

Isso poderia ser o para-para-paraíso
Para-para-paraíso
Isso poderia ser o para-para-paraíso
Whoa-oh-oh oh-oooh oh-oh-oh

Ooohh, oohh ...


Fonte: http://www.vagalume.com.br/coldplay/paradise-traducao.html

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Inequação - Sidney Wanderley




Não se entra e sai da amada
Como se entra e sai do teatro.
Do teatro se entra e sai
da mesma forma e maneira;
com cinco dedos por mão,
com vinte dedos no corpo,
trinta idéias na cabeça,
algum dinheiro no bolso;~
com vida, se entrarmos vivos,
defuntos, se entrarmos mortos.

Na amada mergulhamos
por completo, inteiramente,
e quando à tona tornamos
há em nós algo de menos:
pode ser farto suor
a encharcar nossas vestes,
nosso sangue, nosso sêmem
que em seu ventre florece,
pode ser nossa agonia,
careta nossa de gozo,

nossa contrição de prece,
ou fadiga que inunda
e mina os corpos prostrados
enquanto ruge lá fora
um vento desorbitado.
O fato é que algo resta
longe de nós, naufragado,
e não mais somos quem éramos
quando cansados fugimos
do mar gozoso da amada.

Não se entra e sai da amada
como se entra e sai de um auto.
Num auto se entra e se passeia
por ladeiras e ruas planas,
por campos, charcos, desertos,
asfalto, barro batido,
canaviais, açucenas,
e ao final da jornada
restamos inteiros e vivos,
de igual forma como entramos.

Na amada mergulhamos
por completo, inteiramente,
e quando à tona tornamos,
há em nós algo de excesso:
pode ser o seu perfume
recendendo em nossa pele,
a mancha do seu batom
tatuada em nosso ombro,
um pêlo negro do púbis
boiando em nossa saliva,
ou o nosso peito inflado
de senhor-dono do mundo
( porque senhores da amada ).
O fato é que ao final
da batalha sem porfia
em nosso corpo gravita
o que antes não ousaria:
um sargaço, um crustáceo,
sal, areia, maresia,
ou algo que antes no mar
gozoso da amada dormia.

Em verdade não se entra
como se sai da amada:
em nós algo se acrescenta,
ou em nós algo há
que falta.



Fonte: http://chicodeassispoesia.blogspot.com/2009/09/inequacao-poesia-de-sidney-wanderley.html

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Tendo a Lua - Os Paralamas do Sucesso


Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim.

O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu
E lendo teus bilhetes, eu lembro do que fiz
Querendo ver o mais distante e sem saber voar
Desprezando as asas que você me deu.

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.


sábado, 24 de setembro de 2011


Jen – Come on Closer

(Chegue Mais Perto)


Chegue mais perto
Eu quero te mostrar
O que eu quero fazer
Sente-se agora
E somente relaxe
Eu tomarei conta de você

Tentações quentes
Sensações doces
Infiltrando pelo meio
Sensações doces
Tentações quentes
Chegando sobre você

Vou devagarzinho, querido
Fazer do meu jeito
Mantenha seus olhos em mim
Sua reação
Para minha ação
É o que quero ver

Movimento rítmico
Emoção crua
Infiltrando pelo meio
Sensações doces
Tentações quentes
Chegando por cima de você

E agora você esta satisfeito
Um brilho em seu olho
Vai dormir por dez
E antecipando
Estarei esperando
Você acordar outra vez

[Quando você acordar, bem
faremos tudo outra vez]
[Quando você acordar]
[Quando você acordar, bem
faremos tudo outra vez]
[Quando você acordar]

Horas e horas
De doce prazer
Depois disso eu garanto
Você nunca irá querer ir
Feche os olhos e pense
No que estou prestes a fazer
Sente-se e relaxe, vou tomar meu tempo
Esse amor é todo pra você


segunda-feira, 19 de setembro de 2011


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OS 10 MANDAMENTOS ATEUS



  1. Ame bem
  2. Busque o bem em todas as coisas
  1. Não faça mal aos outros
  1. Pense por si mesmo
  1. Assuma responsabilidade
  1. Respeite a natureza
  1. Faça o seu melhor
  1. Seja informado
  1. Seja bondoso
  1. Seja corajoso - ao menos tente sinceramente


Obs.: Não sou ateía, mas achei esse mandamento aqui muito bom!

domingo, 11 de setembro de 2011

"Parte de mim dói ao pensar que ela está tão perto e eu não posso tocá-la, 
mas nossas histórias seguiram caminhos diferentes.
 Não foi fácil aceitar essa verdade simples, pois houve um tempo em que nossas histórias eram uma só, mas..." 


(Querido Jhon - Nicholas Sparks)


Fonte: http://oquevocenaoentende.blogspot.com/

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Alma Nova - Zeca Baleiro


Sempre que te vejo assim
linda nua e um pouco nervosa
minha velha alma
cria alma nova
quer voar pela boca
quer sair por aí.

E eu digo
calma alma minha
calminha
ainda não é hora de partir.

Então ficamos
minha alma e eu
olhando o corpo teu
sem entender
como é que a alma entra nessa história
afinal o amor é tão carnal.

Eu bem que tento
tento entender
mas a minha alma não quer nem saber
só quer entrar em você
como tantas vezes já me viu fazer.

E eu digo
calma alma minha
calminha
você tem muito o que aprender.


Fonte: http://www.vagalume.com.br/zeca-baleiro/alma-nova.html#ixzz1VshjeFH4

domingo, 21 de agosto de 2011

Lenda do Amor da Loucura



Contam que uma vez se reuniram todos os sentimentos e qualidades dos homens em um lugar da terra. Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão louca, lhe propôs: - Vamos brincar de esconde-esconde? A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE sem poder conter-se perguntou: - Esconde-esconde? Como é isso? - É um jogo, explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará meu lugar para continuar o jogo. O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA. A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou por convencer a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada. Mas nem todos quiseram participar: a VERDADE preferiu não esconder-se. Para que? Se no final todos a encontravam? A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a idéia não tivesse sido dela) e a COVARDIA preferiu não arriscar-se. - Um, dois, três, quatro - Começou a contar a LOUCURA. A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho. a FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta. A GENEROSIDADE quase não consegue esconder-se, pois cada local que encontrava, lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos: Se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA. Se era a copa de um árvore, perfeito para a TIMIDEZ. Se era o vôo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA. Se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim acabou escondendo-se em um raio de sol. O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cômodo, mas apenas para ele. A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris) e a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões. O ESQUECIMENTO, não recordo-me onde escondeu-se, mas isso não é o mais importante. Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.999, o AMOR ainda não havia encontrado um local para esconder-se, pois todos já estavam ocupados, até que encontrou uma rosa e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas flores. - Um milhão, contou a LOUCURA e começou a busca. A primeira a aparecer foi a PRESSA apenas a três passos de uma pedra. Depois escutou-se a FÉ discutindo com Deus, no céu sobre zoologia. Sentiu vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões. Em um descuido encontrou a INVEJA e claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO. O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado de seu esconderijo que na verdade era um ninho de vespas. De tanto caminhar, sentiu sede e ao aproximar-se de um lago, descobriu a BELEZA. A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois a encontrou sentada sobre uma cerca sem decidir de que lado esconder-se. E assim foi encontrando a todos. O TALENTO entra a erva fresca, a ANGÚSTIA em uma cova escura, a MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava o fundo do oceano) e até o ESQUECIMENTO, a quem já havia esquecido que estava brincando de esconde-esconde. Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local. A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do planeta e em cima das montanhas. Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral. Pegou uma forquilha e começou a mover os ramos, quando no mesmo instante, escutou-se um doloroso grito. Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos. A LOUCURA não sabia o que fazer para desculpar-se. Chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser seu guia. Desde então, desde que pela primeira vez se brincou de esconde-esconde na terra: O AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha.



Fonte: http://tintaspermanentes.blogs.sapo.pt/140786.html

domingo, 14 de agosto de 2011


Exterior - Wally Salomão


Por que a poesia tem que se confinar?
às paredes de dentro da vulva do poema?
Por que proibir à poesia
estourar os limites do grelo
da greta
da gruta
e se espraiar além da grade
do sol nascido quadrado?

Por que a poesia tem que se sustentar
de pé, cartesiana milícia enfileirada,
obediente filha da pauta?
Por que a poesia não pode ficar de quatro
e se agachar e se esgueirar
para gozar
– carpe diem! –
fora da zona da página?

Por que a poesia de rabo preso
sem poder se operar
e, operada,
polimórfica e perversa,
não pode travestir-se
com os clitóris e balangandãs da lira?

"É doce dançar ao som de violino
Se o Amor e a Vida são justos, cristalinos:
Dançar ao som de flautas e alaúdes
É  delicado, raro e tem virtudes:
Mas não tão doce quanto pés a bailar
Como se estivessem dançando no ar!"



(Oscar Wilde)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

"- Sou a Chapeuzinho Vermelho e você é o Lobo.
- Mas que braços fortes você tem.
- São para apertá-la até você peidar.
- Mas que unhas grandes você tem.
- Só para aranhar a sua bunda.
- Quanto pêlo você tem.
- São para melhor esconder seus chatos púbicos.
- Mas que língua grande você tem;
- É para enfiar no seu rabo, minha querida.
- Pra que serve “isto”?
- É a sua felicidade e o meu Falus."


Fragmento de diálogo do filme Último Tango em Paris. Direção de Bernardo Bertolucci e protagonização de Marlon Brando e Maria Schineider.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A Message - Coldplay


(Uma Mensagem)


Minha canção é amor
Amor para o sem-amor
E isso sobe
Você não tem que ficar só


Seu coração pesado
É feito de pedra
E é tão difícil ver claramente
Você não tem que ficar sozinha
Você não tem que ficar sozinha


E eu não vou retirar o que disse
Eu não vou dizer que não era minha intenção
Você é o alvo para o qual eu estou apontando
E eu levarei essa mensagem para casa


Minha canção é amor
Minha canção é amor desconhecido
E eu estou em chamas por você claramente
Você não tem que ficar sozinha
Você não tem que ficar sozinha


E eu não vou retirar o que disse
Eu não vou dizer que não era minha intenção
Você é o alvo para o qual eu estou apontando
E eu não sou nada sozinho
Tenho que levar essa mensagem para casa


E eu não vou ficar parado e esperar
Não vou deixar isso até ser tarde demais
Numa plataforma eu vou ficar de pé e dizer
Que eu não sou nada sozinho
E eu te amo
Por favor, venha para casa


Minha canção é amor, é amor desconhecido
E eu tenho que levar essa mensagem para casa


Fonte: http://www.vagalume.com.br/coldplay/a-message-traducao.html

domingo, 24 de julho de 2011

“O ímpeto de crescer e viver intensamente,
foi tão forte em mim, que não consegui resistir a ele.
Enfrentei meus sentimentos.
A vida não é racional!
É louca e cheia de mágoa.
Mas não quero viver comigo mesma.
Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira, e todo o mal.
Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos,
beber um Benedictine ardente.
Quero conhecer pessoas perversas, ser íntima delas.
Quero morder a vida, e ser despedaçada por ela.
Eu estava esperando.
Esta é a hora da expansão, do viver verdadeiro.
Todo o resto foi uma preparação.
A verdade é que sou inconstante,
com estímulos sensuais em muitas direções.
Fiquei docemente adormecida por alguns séculos,
e entrei em erupção sem avisar.” 


(Anais Nin)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Todos os filmes pornôs são iguais


A pon-ta da lín-gua to-ca o cli-tó-ris. Cai de boca, lambe-lambe, chupa, suga, morde, mordisca, se lambuza. Encharca-boceta, é a deixa. Invade. Enfia cabeça, tronco, membro arregaça. Estoca, estoca, estoca. A parede do útero, bate-bate. Tira, mexe, vira, bunda escancara, mete tudo, isso, força, vai, no cuzinho, me fode gostoso, seu filho-da-puta, que pau duro, mete-mete, não goza, não, espera, goza na minha boca, quero engolir até a última gota de porra do meu homem. Vem, tira, vem, língua pra fora, cachorrinha, bate-bate na cara, vou gozar, safada, vou gozar, abre, engole, filha-da-puta, engole minha porra toda, toma, vadia, isso, lambe até a última gota, lambe a cabeça do meu pau, chupa tudo, põe tudo na boca, vamos, isso, assim, delícia, gostosa. Fim.


ESTA É UMA OBRA DE FICÇÃO MAS O AUTOR NÃO SE IMPORTA NEM UM POUCO DE FAZER ISSO ENTRE QUATRO PAREDES OU AO AR LIVRE NUM LOCAL ISOLADO E PARADISÍACO (COM A SUA MULHER).






Fonte: http://www.o-bule.com/?zx=efd1856af7efe88a

sábado, 16 de julho de 2011

Sobre o Excessos


A alegria não esfriou minha carne. Eu não sei controlar a medida do açúcar no café, o peso da xícara, muito menos dosar o afeto, a amizade, o amor, a raiva, o despreparo. Começo pelo final para não ter dúvidas do início.

Quando ia dormir e era do tamanho do que imaginava, escutava os adultos falando na sala de estar. Eles falavam baixinho. Meus ouvidos caminhavam na ponta dos pés para escutar as conversas. Acho que minha audição se esforçou tanto para reconstituir os assuntos sérios e proibidos que não teve forças para voltar para cama.

Havia uma fresta no porão que dava ao jardim. Durante duas semanas, cavei com uma colher de sopa o cimento para aumentar meus olhos. Fiz uma lâmpada no muro. Passava pela fenda odores de fungos e musgos. Até hoje não diferencio os cogumelos venenosos dos sadios.

Como descobrir o que mata sem morrer um pouco por vez?

(Fabrício Carpinejar)




Fonte: http://aescrevedora.blogspot.com/

sábado, 2 de julho de 2011

Acrilic on Canvas - Legião Urbana
Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Renato Rocha / Marcelo Bonfá


É saudade, então
E mais uma vez
De você fiz o desenho mais perfeito que se fez
Os traços copiei do que não aconteceu
As cores que escolhi entre as tintas que inventei
Misturei com a promessa que nós dois nunca fizemos
De um dia sermos três


Trabalhei você em luz e sombra
E era sempre, Não foi por mal
Eu juro que nunca quis deixar você tão triste


Sempre as mesmas desculpas
E desculpas nem sempre são sinceras
Quase nunca são


Preparei a minha tela
Com pedaços de lençóis que não chegamos a sujar
A armação fiz com madeira
Da janela do seu quarto
Do portão da sua casa
Fiz paleta e cavalete
E com lágrimas que não brincaram com você
Destilei óleo de linhaça
Da sua cama arranquei pedaços
Que talhei em estiletes de tamanhos diferentes
E fiz, então, pincéis com seus cabelos
Fiz carvão do baton que roubei de você
E com ele marquei dois pontos de fuga
E rabisquei meu horizonte


E era sempre, Não foi por mal
Eu juro que não foi por mal
Eu não queria machucar você
Prometo que isso nunca vai acontecer mais uma vez


E era sempre, sempre o mesmo novamente
A mesma traição


Às vezes é difícil esquecer:
"Sinto muito, ela não mora mais aqui"
Mas então, por que eu finjo
Que acredito no que invento?
Nada disso aconteceu assim
Não foi desse jeito
Ninguém sofreu
É só você que me provoca essa saudade vazia
Tentando pintar essas flores com o nome
De "amor-perfeito"
E "não-te-esqueças-de-mim"


Fonte: http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46926/