Anilda
Leão - Soneto da menina que já fui
Do
meu ventre eu recolho exatidões,
E
coloco nas curvas dos meus seios
O
frêmito do tempo adolescente;
Assim
me faço para te receber.
Abro
os meus braços, te aconchego ao corpo
Ainda
quente ao recordar de outrora.
E
solto as franjas e os meus cabelos
Da
criança que fui e sou agora
Por
ti me fiz e sou criança ainda,
Para
esquecer aquela que ficou
Largada
nos caminhos de outra vida.
E
assim me dou da meninice vindo,
De
ti fazendo o meu amor primeiro,
Esquecida
dos tempos já vividos.
Fonte: http://associacaoteatraldasalagoas.blogspot.com.br/2012/01/morre-anilda-leao-e-com-muito-pesar-que.html
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