sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


Anilda Leão - Soneto da menina que já fui


Do meu ventre eu recolho exatidões,
E coloco nas curvas dos meus seios
O frêmito do tempo adolescente;
Assim me faço para te receber.

Abro os meus braços, te aconchego ao corpo
Ainda quente ao recordar de outrora.
E solto as franjas e os meus cabelos
Da criança que fui e sou agora

Por ti me fiz e sou criança ainda,
Para esquecer aquela que ficou
Largada nos caminhos de outra vida.

E assim me dou da meninice vindo,
De ti fazendo o meu amor primeiro,
Esquecida dos tempos já vividos.


Fonte: http://associacaoteatraldasalagoas.blogspot.com.br/2012/01/morre-anilda-leao-e-com-muito-pesar-que.html

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