segunda-feira, 8 de julho de 2013

"[...] De repente ele não tinha mais medo da morte. Não tinha mais medo de nada. Esse êxtase delirante livrara-o de todas as preocupações e enchera-o de uma alegria tão abrangente, que se ele tivesse que dar seu último suspiro antes do nascer do sol do dia seguinte, suas últimas palavras seriam: "Não chorem por mim, pois eu amei de verdade".

[...]

- Boa noite, minha senhorita.
Quatro palavras bastaram. [...] Um simples cumprimento, porém, ao mesmo tempo, a coisa mais magnífica que ela já ouvira um homem dizer. Foi o "minha" que ela não conseguiu esquecer. Ele dissera a palavra como se estivesse procurando por ela há muitos anos, talvez até durante uma vida inteira."


(GABEL, Claudia. Romeu & Julieta e Vampiros (Adaptação de William Shakespeare). São Paulo: Pandorga, 2011. 227 p.)


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